viernes, 14 de noviembre de 2008
Regarding Henry
Henry era um sujeito calculista.. No início do filme, sem o mínimo de piedade, ganha um caso de grave negligência médica a favor do demandado, em contra da pobre família de um paciente... O piripaque, como dizem aqui o transforma e o deixa um bon savant, um cara digno, um pouco tontinho, mas com um grande coraçao...Harrison Ford, interpreta magistralmente essa perda que pode afetar a todos, a perda de memória, de raciocínio, daquilo que poderíamos chamar de arranque do motor, daquilo que todos valoramos, a inteligência cognitiva... Às vezes pelas estradas da vida, nos deparamos com pessoas que só querem, que só mandam, que nao ouvem, pessoas que buscam a sua felicidade própria, que esquecem do demais, que nao arriscariam um momento da sua vida 'perdendo tempo' com as outras pessoas que nao lhe podem oferecer um debate intelectual... Santo Augustino, talvez o único intelectual teológico e católico que gosto, dizia que estamos demasiado preocupados com ver coisas bonitas, como lugares novos, cidades, coisas materias, mas que esquecemos ver o bonito que somos em si mesmos... No final, Henry diz ' perdi 11 anos da vida de minha filha e quero recuperar'... quantos anos perdemos de nós mesmos querendo ser algo que nao somos? Quantos perdemos de nós mesmos quando optamos só por ganhar o jogo? Queremos ser 'parecer-nos interessantes' aos olhos dos demais, temos medo de dizer que nao entendemos, que somos jovens, que nao envelhecemos, que somos racionais, justos e boas pessoas..perdemos demasiado tempo teatralizando a nossa própria vida, sem sermos bons atores e ao final já nao sabemos que somos em realidade, depois de tantas maquiagens e pouca substância... Quem somos em realidade, senao existisse o meio que nos rodeia?
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