jueves, 27 de noviembre de 2008

Mombai chora....

Gil Vicente, intelectual português, dizia que as atrocidades que nos atingem sao tao 'corriqueiras', que nos acostumados simmás... Morre tantos em SC, atentado em Índia, ataques em Iraque, mortes em Sao Paulo, a ao final, o jornalista muda de assunto, começa a falar do tempo, de futebol, das variétés da vida... saimos da tv com aquela sensaçao de que as coisas nunca passarao conosco, estaremos sempre à margem... Em julho de 2007, um dias desses que saio de plantao, uma amiga me diz: viu o acidente que aconteceu no tua regiao? - olhei pra ela com aquela certeza de que nao era aonde vivia minha família e disse :-nao,... mas era, morria num acidente grotesco e por muito tempo mal explicado um prima, uma colega, um futuro brilhante... Cheguei em casa, cansado e liguei prá casa, meu pai só disse: já sabe da Lina, né? FIQUEI sentado, impávido, mudo, cego, sem um teto, sem um chao... Tinha 29 anos, poucos pra uma vida que prometia, mas aconteceu...como todas as histórias trágicas na vida, aquela notícia que nunca nos atinge me perfurou como uma bala que arde cada momento que se aproxima do alvo... nao podia ligar, nao sabia a quem ligar, a vida dá essas sensaçoes e só a idade te faz vivenciar-las como algo 'natural',... Muito tempo pensei no pouco que conversei com ela, pouco tempo que intentei conhecer-la...por infortúnios da vida, um dia antes, nem um mais, nem um menos, escrevi prá saber como estava com o orkut, pela aquela saudade de escrever, de ver e de saber como vai o brasil... por razoes que o consciente desconhece só lembrei quando era tarde, quando ela poderia ter dito, :- Aqui bem gummy (como me chamava), falaríamos três bobadas e a vida seguiria o seu curso, para bem ou para mal..

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