martes, 17 de abril de 2012

O mundo cinza...

O mundo infelizmente não é preto nem branco, é cinza. Digo isso em relação ao novo conflito instalado na Argentina com Espanha sobre a nacionalização da YPF, a petrobrás deles. No período de Menén, a empresa YPF foi privatizada e a empresa espanhola Repsol comprou grande parte do montante da mesma. A entrada do capital externo foi determinante no país platino, principalmente nesse setor. Hoje porém as regras, de acordo com os jornais e notícias que nos chegam, é diferente. Cristina Kirchner decidiu a toque de lei presidencial que a empresa volta aos domínios do governo, u seja, que se estatiza novamente. Mas a dúvida fica. Por um lado, não sabemos as reais condições daquele momentum Meneniano, se realmente o país foi beneficiário da entrada do capital ou se foi uma venda sem grandes vitórias aos argentinos. Por outro lado essa mudança repentina traz desconfiança externa sobre a credibilidade de um governo que pode mudar as regras qualquer momento, que compre as ações a preço de banana a uma empresa que já nem é mais sua nem foi posta à venda. Os jornais e a informação que nos chegue a partir de agora nesse ínterim serão sesgadas, para um lado da balança que acusará a empresa espanhola de aproveitadora ou da mídia euro-saxona que acuse o governo argentino de país bananeiro. A verdade porém será uma,talvez um meio termo entre ambas, mas suspeito que nunca saberemos o final desse trágico picaresco romance hispànico...

domingo, 15 de abril de 2012

O poder e a verdade

O poder da imprensa é inquestionável, mas não saberemos nunca a extensão de tal poder nos resultados finais. Mas por outro lado sabemos que se não existisse a mal amada mídia, não existiria a bem considerada liberdade de expressão real e equipolente. Nos países considerados desenvolvidos a imprensa tem partido, o que significa que sabemos de antemão quem pensa o que pensa e como argumenta tais pensamentos. Aceitem ou não os panfletários de plantão é uma forma realista e madura de vermos que a mídia tem opinião, não somente fatos. No Brasil, não podemos dizer com clareza tal afirmação. Podemos inferir que se tal jornal deixa que fale tal pessoa, é porque tal ideologia pode ser expressada no mesmo e assim podemos concluir que se joga nesse determinado território político. Dois exemplos claros, a Folha de São Paulo e o Estadão. O primeiro joga mais pela esquerda, mas sempre mostra a opinião de ambos partidos, escreve tanto Aécio Neves como Marta Supleci como vários professores universitários de entidades privadas e públicas. Já o Estadão assume uma visão mais direitista, mais anti-pt, mesmo que no imaginário também tenha partidários de várias facções. Estamos mais encima do muro. Talvez pela nossa pouca vontade de sermos francos para não ofender aos que pensam diferente, ou talvez porque não gostamos de opiniões extremas, mas não podemos esquecer de defender a mídia, porque resguarda a opinião de todos, não somente dos governistas ou da oposição...

sábado, 14 de abril de 2012

SERÁ QUE MUDOU....

Umas das primeiras percepções do retorno à terra brasilis é que o país segue igual. Os casos de corrupção são o dia a dia, a educação anda perneta e a segurança, almejada e vitupendeada. Mas nem tudo são espinhos, ou melhor, os espinhos também estão sendo sentidos ao norte do rio grande, rio este nos estados unidos, claro. Hoje somos os new rich. Em viajem recente pude observar a vontade atroz pelo consumo desenfreado, a busca infinita pelo mais barato e mais moderno, mais cool, mais de moda. O Brasil agora é new rich, ou emergente, que são infelizmente a mesma coisa. Casos similares de compras exageradas somente tinha conhecimento no outra lado da América. Mas hoje chegou a terra brasilis. Se compra muito, se esvazia muito as bolsas e as contas, sem que exista uma razão necessária e urgente. Como me disse um amigo de antanho, se compra em trezentas parcelas, sem cuidado, com valores dobrados pelo prazer do capital e não somente isso. Vivemos pensando que isso é desenvolvimento, mas isso é imitar o norte, também nos seus defeitos, na sua obsessão pelo mais novo, moderno e nem sempre mais efeciente método de felicidade. Hoje temos problemas novos, adicionados aos antigos...curioso...

domingo, 1 de abril de 2012

Os cartolas e a corrupção no senado...

No filme espanhol Todos estamos invitados, se coloca em questão a necessidade urgente a que todos nós descutamos a situação do ETA, de forma a que todos e cada um de nós tenhamos algo a declarar, até porque a consequência final afeta a todos, sejam ou não do país basco. No caso de corrupção de bicheiros com o senado, ou até mesmo da corrupção em geral, estamos também todos convidados a declarar, por várias razões. Somos os que votam, somos por ende os que devem ter a obrigação de exigir que os votados sejam pessoas que respeitem a nós mesmos. E por último, se votamos e exigimos que os representantes públicos tenham poder e responsabilidade, devemos na vida normal e quotidiana exigir a nós mesmos que sejamos corretos e coerentes. Senão nada vale e nada tem sentido na esfera política. O que não podemos é pensar que se constroem políticos corruptos somente no governo, se não somos iguais como sociedade ou como cidadãos.

Muito separa ainda...

Muito separa ainda o Brasil que queremos do Brasil que somos. Mesmo que as mudanças nesses últimos anos foram importantes e não apenas circunstanciais, ainda somos um povo com avidez pelo crescimento, sem o feedback de conhecimento social. Falta muito de consciência social para enfrentar seriamente as deficiências nos pilares primários civilizatórios, tais como educação de qualidade *seja privada ou pública de forma uniforme, saúde de qualidade e segurança mínima. Mostrar ao mundo que podemos fazer umas olimpíadas ou uma copa, não significa necessariamente que possamos estar orgulhosos de sermos o que somos. Há uma longa estrada com altos e baixos...