martes, 19 de agosto de 2008

Quem pode imaginar o futuro que atire a primeira pedra

Hoje, em contracapa do jornal La Vanguardia, um sconomista de turno disse que os economistas falham muito, principalmente os que usam gravata... em resumem, as variáveis sao tao complicadas que é mais fácil nao acreditar neles e seguir a vida perdendo dinheiro por conta própria... Isso me faz lembrar da minha infància e nas perspectivas futuras... Quando tinha 5 anos foi quando cheguei em Santiago... comparado com a luz e o azul do nordeste, de onde tinhamos vivido 2 anos, Santiago era fria, as casas pareciam caixas de fósforo de cor bege e portas coloridas e nao haviam ruas asfaltadas, me lembro que o carro saltava a cada pedra mal encaixada...( o piauí era pobre, mas a vila militar era asfaltada)...Nossa nova casa parecia um casa suja, velha, mais parecida com os tópicos nordestinos que com os sulistas, era pequena, nao tinha varanda como em Picus, nem rede prá se balançar.... Chegamos em junho e depois de meses, em março comecei e leer as primeiras letras. na minha classe havia muitos que ainda sao meus amigos. O Mário banana, o chico moleza, o gonga o popô, a melissa... Ainda lembro do aaaa. éee..iiii...óóó..uuuu... dos desenhos do quadro na sala de aula que ficava de cara ao pátio interno da escola. (ninguem nessa época pensava em ser médico ou advogado, existia a profissao pretensa de bombeiros e eu mesmo queria ser jornaleiro, aquele que entrega as notícias quentinhas às pessoas)... O tempo passou, e com os anos fiz grandes amigos dessa infância, criamos um club verde, antes desse modismo atual ecologista; queriamos salvar o mundo plantando árvores e matando gatos , digo de passagem algo pouco usual... Jogávamos futebol ao lado de casa, o que foi o primeiro teste de resistència prá mim... era neurótico pelos horários e até às 17 horas nao podia brincar ( lei da corte marcial própria)...
Meus amigos novos surgiram, alguns do pátio traseiro ( O burro branco e o Betera que conheci quando estava brincando no pátio, subindo as árvores atrás de casa, aos 7 anos)... ou ao tcheiardo, que morava perto e que tinha um raciocínio fora do normal, gostava dos Beatles, de Marylin Monroe e da Lampiao... Outros como Luis Roberto, da rua do hospital militar, um pía mulato pequeninho, de boa educaçao....filho do motorista do general com uma vendedora made in paraguay cheia de brinquedos que saltavam cores e sons, tesouro prá qualquer mortal da minha idade.... ou o Mário Banana, que com 12 anos e menos de 150 cm pegava a parati vermelha do pai dele ( tinha que colocar um travesseiro por certo para poder dirigir).... Se naquela época um economista fosse imaginar o que seríamos de entrada, haveria seguramente pouca probabiliadade de acertar...éramos crianças felizes, imprevisíveis, amigas, leiais...nao tinhamos maldades alheias e nem invejas próprias... éramos crianças inocentes sem grandes petensoes....

1 comentario:

neca dijo...

ninguém tem uma teoria tão certa e indestrutível como a vida, surpresas, sempre existirão