sábado, 13 de diciembre de 2008
RLB: etc...
Temos uma tendência inata a colocar-nos títulos, às vezes sem sentido... Nos jornais sempre há uma explicaçao de quem somos, RLB, escritor e jornalista... Como disse Quim Monzó, uma pessoa que é jornalista já nao está implícito que sabe escrever?... ou outra que vi, fisioterapêuta e osteopata, ou seja o fisio nao meche os ossos? Ou médico e neurólogo, ou existe um neurólogo nao médico?... Sim redundam epônimos sobre nós mesmos, até porque queremos ser sempre mais do que somos... uma vez o meu psicólogo me disse que nao me refería como médico, ou que deixava pro final, nem ORL, nem ou que seja... na verdade sempre considerei que dizer sou isso nos faria vítimas da síndrome de títulos, essa necessidade incontrolada de sermos diferentes do vizinho, ou dum amigo... Outro dia um colega disse que confiava nas classes sociais (imaginadas por ele claro), assim como chefe nao podia estar casado com secretária, assim como médico com infermeira, porque nao faziam partes de grupos sociais iguais...mesmo que ambos sao universitários, prá o meu amigo, nao eram de 'grupos iguais'... Sem dúvida foi um comentário cretino e mau pensado, até porque o que faz as pessoas distintas sao as formas de pensar nao os títulos que carregam nas costas... Entre as melhores conversaçoes que tive, foram com pessoas geralmente idosas, sem tantos títulos universitários, mas sim com experiência de vida, algo que sim julgo mais importante... a idade nos faz mais interessantes que a titulaçao...
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