viernes, 2 de enero de 2009
Gaza
Nas aulas de Lúcia, carioca aloucada, professora de inglês, nos reuníamos em grupos e começávamos a discutir sobre assuntos tabú, assuntos delicados que necessitavam de argumentos bem estruturados em inglês...Me lembro que um desses temas era se se podía jogar bombas em território 'enemigo' com morte de vítimas indefesas... Havia nesse grupo dois pilotos brasileiros que tinham um inglês de alto nivel. Um era mineiro e o outro paulista... Quase imediatamente o mineiro disseo que quando as órdens estavam dadas, havia que responder, era uma obrigaçao cívica de um mariner.... Nesse momento isso me pareceu algo tao desumano, tao militarista que perguntei se ele nao sentia remorso pelo ato: ele disse que nao. Nao comparando, mas parafraseando, me lembrei do discurso citado no famoso livro de Hanna Arendt, sobre a explicaçao da violência em situaçoes extremas... O grande nazi aprendido em Israel, explicou todo o sistema de extermínio judeu com precisao, sem titubear. ¡Eram ódens, e tinham que ser realizadas'. Sim, se poder 'justificar a morte com decisoes ou palavras inusuais, como disse a primeira minstra israelita faz pouco, usando a palavra intervençao, palavra médica assética que casa bem nesse contexto estéril de ataque 'justificado'.... e evitnado obviamente a palavra massacre, ou limpeza étnica se for o caso... Ainda lembro das discusoes nessa classe e no pouco em comum que tinha com essas pessoas tao inteligente que eram o pilotos da aeronáutica em Santa Maria. E ainda hoje usam o mesmo discurso que há 60 anos destruiu meio mundo....
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