miércoles, 17 de agosto de 2011

Por uma vida melhor

Existe sempre uma diferença clara entre o que dizemos e o que escrevemos. Desde as primeiras descobertas do português vernacular, nos princípios do chamado latim vulgar de Portugalia, o idioma sofreu modificações radicais. Na época de Camões, o pedestal no qual se assenta quase todo o patrimônio da nossa lingua, a forma de escrever foi evoluindo e se transformando continuamente. A 'descoberta' de novas terras pela nação lusa diversificou a riqueza no vocabulário e no falar dos povos conquistados e conquistadores. O que era errado há 80 anos, hoje se assume como certo e mesmo com a reforma ortográfica que buscava uniformizar os dialetos lusófonos, muito ainda é específico de cada país. A parte de todas mudanças sonhadas, a linguística, nova ciência dentro das letras, criou novas visões do certo e do errado, tanto na escrita, adequando-a a cada situação do nosso dia a dia. A grande questão surgida com a inclusão de estudos de linguística na escola fundamental e no ensino médio, nos aproxima da riqueza do nosso idioma e nos coloca em alerta das situações aonde a comunicabilidade é mais importante que a correção. Dizer 'Nós pega o peixe' não é errado de acordo com o contexto e o objetivo da comunicação desde que esteja no local e com o receptor adequado. Assim que a luta dacroniana criada por ensinar a verdadeira lingua na sala de aula é meritória desde que contextualizada e corretamente ensinada.

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