lunes, 4 de abril de 2011

ALTA CULTURA...UM OBJETO OU UMA OBSESSAO IRREAL

Uma das primeiras vezes que lí sobre a alta cultura foi no livro para adolescentes ' o mundo de Sofia'. Nele se dava uma explicaçao básica mas talvez imprescindível do uso da filosofia na vida diária e as distintas correntes que se seguiram nos séculos, desde a fundamentaçao grega até os dias atuais. Me lembro de um encontro particularmente interesante, de um amigo español, quando na casa deste ví uma coleçao de CDs de música clásica. O mesmo me disse, 'gosto muito de música clássica'. A considerada alta cultura sempre foi e segue sendo um nivelador social. As pessoas nunca admitem que a leitura do último livro nao foi um best seller, nunca admitem que assistem a programas populares de varietés, como nunca admitem que nao tendem nada de óperas ou música clássica. A alta cultura, essencialmente dominante na Europa renascentista foi rapidamente relacionada com poder intelectual, com clarividência, com inatismo intelectual de berço. Já nem me lembro as vezes que tive que escutar de pessoas sabidamente ineptas as afirmaçoes contra os americanos sem cultura. Ou dos jóvens (eufemismo claro) das culturas do novo mundo. Nivelar a cultura geral foi tema recidente nas propostas eugênicas do passado. Hitler as usou a diário para justificar a elevada cultura social alema e o domínio ário sobre os demais. Mas ao mesmo tempo foi um pintor fracassado e um intelectual obtuso. Os fantasmas da alta cultura seguem vigentes na velha europa, mesmo que diretamente já sao propiedade seleta de uma pequena parcela mundial que justificam o seu domínio intelectual em termos grandiloquentes e hoje sem sentido...

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