martes, 7 de diciembre de 2010

BIUTIFUL...DE GONZÁLEZ IÑARRITU

Há uma outra Barcelona, que nao passeia pela Ramblas, que nao tira férias nas praias da Costa Brava no verao nem esquia nos pirineos no inverno. Um Barcelona ilegal, escondida entre cores, entre injustiças e esconderijos. Nunca os vemos até porque nao queremos ver a pobreza na sua realidade mais sórdida aonde os direitos humanos nao chegaram nem se remontam aos tempos feudais, aonde pessoas vivem piores que animais domésticos e aonde o conceito de crueldade nunca se pensa. Vivemos a margem das niñeras ilegais, das que trabalham em bares de mala muerte, das pessoas que sao prostituídas e violentadas de direitos humanos. Nesse ponto Biutiful reclama um lugar ao sol da Barcelona dos chineses escondidos, dos africanos transparentes e dos racismos encobertos pela sociedade hipócrita e irrealista. Iñarritu oferece a morte como requiem, como salvaçao aos iluminados, como sentido ao nao sentido da realidade. Saimos do filme certamente diferentes, mais sujos e mais culpados da nossa falsidade contra os débeis, os que nao têm voz...

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