martes, 5 de enero de 2010

Excepcionalidad de la violencia

Hanna Arendt foi talvez a melhor precursora sobre os aspectos mais sórdidos nos quais poderia a violência estar inserida. O retrato fiel, seco, frio, de Eichmann, o homem de gelo, no qual se colocava em relevo a leviandade de um ser ante as atrocidades mais abismais contra um povo, fez com que essa filósofa intentasse explicar as raízes mais profundas da perversidade humana...Dentre as inumeráveis conclusoes acertadas, talvez a banalizaçao do mal através da insignificaçao dos atos atrozes foi talvez a melhor resposta encontrada pela filósofa. Hoje, no entanto, vemos um aumento de violência sem comparativos em todas as grandes cidades do terceiro mundo, sendo Brasil e México, países incidentes na criminalidade mais sórdida e eficiente jamais vista. Essa excepcionalidade violenta parece banalizada também, nao por razoes governamentais puras como no terceiro Reich alemao, mas sim por um culto gratificante à morte, como recompensa última às agruras da vida. Nos últimos anos os assassinatos se tornaram mais corriqueiros e o sensacionalismo jornalístico em busca de notícias passou a transforma-lo em coisa corriqueira, em coisas de toda a vida. Hoje é visto como normal que um jovem morra sem motivos aparentes, como também é visto como normal que morram mais pessoas numa cidade que numa guerra como a do Iraque... A violência parece hoje em dia algo tao usual como as praias de Ipanema e até mesmo radicalizou o modus viventi social, fazendo com que as pessoas somente andem no ginásio em esteiras rolantes... Algo surreal num país barroco em contradiçoes...

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