sábado, 8 de agosto de 2009

O grande maestro

Foi há muitos anos atrás. Era-se uma vez um distante verao dos 90. Tinha 17 anos e de passeio pelos descansos forçados do pré-vestibular conheci uma grande pessoa, o Gilsao. Me lembro que estávamos na casa do Popô.O Popô levava consigo aquele amigo extranho, meio melenas rebeldes com essa ponta de picardia intelectual dos cabeludos, e conversava ou melhor se gabava dos seus méritos culturais, das suas borracheiras etc(quem conhece desde a infância como é o dito cujo, como é o meu caso, acaba aguentando a síndrome do baixinho ). Correia, o outro que estava no meio a tertúlia, tampouco era humilde, mas era um cara distinto, mais vivido apesar de ser jovem e mais seguro de si mesmo... Junto a eles estava um cara tranquilo, sereno, um cara que me lembrava os gaúchos de antanho. Como diria no livro Histoire du Bresil, essa mistura tao gaúcha de tranquilidade e experiência de vida. Nao falava muito, observava como esses psicanalistas freudinianos que esperam que resolvam por si os seus problemas... E imediatamente travei uma amizade, uma dessas de infância, como o Mário Banana, O gonga, o Popô o lagartixa ( só verdadeiros amigos se apelidam para sempre)... Muitos anos visitara aquele amigo. Todas às sextas sentava na varanda desse colorado gaúcho, tomávamos um mate e aprendia um pouco dessa vida experimentada e atenta... Agora vivemos longe, tao longe daquelas conversas de mate, daquelas histórias de namoradas, dos vestibulares, da nossa grande amiga UFSM (que nos fez homens de pulso e de coraçao), da nossa sede de mudar o mundo, mas fica a saudade desses tempos de guri e a alegria de saber que agora o sábio maragato está de aniversário. De longe te mando um abraço apertado de irmao como me disseste uma vez e que orgulhesse cada vez ue me lembro...

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