domingo, 27 de febrero de 2011

SHALOM SCLIAR...

Se as cidades sao os seus escritores Porto Alegre seriam três escritores imortais: Mário Quintana, Luis Fernando Veríssimo e Moacyr Scliar. Se com a literatura pudéssemos viajar sem sair de casa, veríamos Praga como uma cidade dos contos judíos de Kafka, uma cidade do medo da transformaçao e do próprio extermínio. Buenos Aires seria um grande laberinto borgiano, uma grande biblioteca infinetesimal, aonde uma pessoa nunca poderia estar estritamente no mesmo lugar. Londres seria um cidade fria, escura, com ruas estreitas e com um investigador incansável na Baker Street, buscando assassinos. Nova Iorque um melting pot real de judeus (Isaac Bashevis Singer), portugueses (John dos Passos) ou italianos mafiosos (Mário Puzzo). E Porto Alegre, como seria? Um pai inseguro frente as mudanças dos tempos (Luis Veríssimo), ou um poeta misógino e solitário mas que encantava com cada linha da sua escritura poética (Mário Quintana)? E o bairro judeu do Bom Fim, por excelência um bairro com personalidade própria e diferenciada, aonde um escritor sanitarista soube como ninguém colocar aquela veia judia nas tradiçoes da capital? POA perde em presência viva a um legatto mas ganha em imortalidade a um ser que soube dar personalidade literária a uma cidade que o educou...Sorte Scliar e obrigado pela sua breve crucial presença nas nossas vidas e na nossa imaginaçao...

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