domingo, 9 de enero de 2011

Valores europeus universais...

Na minha infância os valores europeus eram a nossa norma de vida. Ante a história de guerras e conflitos que aprendíamos dos países bárbaros, surgiam os direitos inalienáveis dos gregos e romanos, primos irmaos em condiçoes de igualdade e humanidade política. Sabíamos das injustiças da segunda guerra mundial, mas também víamos a reconstruçao de um continente, basada no esforço e no trabalho. Imaginávamos que as leis de igualdade francesa nao diferenciavam as cores das pessoas e os seus credos e víamos a revoluçao francesa como uma aposta pelo ser humano. Apoiados pelos ideais americanos, víamos que os ideais europeus de fraternidade e jogo limpo funcionavam em América com os mesmos valores. Jogadores negros eram celebridades em América, judeus eram pessoas afamadas e respeitadas. New York era um melting pot perfeito aonde os afamados siks (com aquelas cabeleiras dentro de um turbante) eram policiais, taxistas, gente normal como qualquer outra. Mas o ciclo de problemas econòmicos em Europa e América mostraram a cara mais pérfia escondida, a açao. Leis imigratórias cada dia mais desumanas em América, leis restritivas de convivência aos nao católicos em Europa, um mundo real e feio nao mostrado nos jornais nem em filmes de Holywood. Hoje tristemente que ser branco em europa é ser gente e que os demais sao vistos como temporeiros, como víamos os nordestinos que chegavam em Sao Paulo e que raras vezes chegavam à dignidade. Como dizia Ohran Pamuk, antes os intelectuais íam a Europa se formar, se educarem num mundo real. Hoje somente as Universidades podem dar essa impressao, porque a vida real em Europa nao é mais o paraíso aos nao elegidos....

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